A cara era consumista

Posted by Anônimo | Posted in , , , , , , , | Posted on 15:21


Engraçado como de um dia para o outro nossas prioridades materiais mudam. Ainda me lembro do meu primeiro celular. Um Nokia, que mais parecia um tijolo se não fosse pela sua cor azul. Pesado e incomodo de carregar. O visor era preto e branco e os toques eram polifônicos que até faziam o ouvido doer. E eu achava demais. Vivia com ele pendurado na calça. Hoje não imagino uma pessoa comum sem um celular com câmera, mp3, televisão e até acesso à internet. Aliás, a maioria deles são computadores portáteis e não apenas um simples aparelho para fazer e receber ligação.

Imagina quanto dinheiro gastamos comprando e revelando fotos em maquinas analógicas. Hoje com apenas um clique, posto aquela imagem tirada do meu iPhone direto no Twitpic e pronto! Todos têm acesso a ela, já que o serviço pode ser integrado com outras redes sociais e a turma recebe pelo próprio celular.

E minha coleção de fitas VHS? Foi para o saco. E justo agora que passei todos os filmes para DVD, eis que surge o Blue Ray, com toda a sua alta definição e um custo de 100 reais por exemplar. Hoje, até os donos de locadoras de vídeos devem ficar deprimidos... Com a popularização da internet, surgiram as locadoras on line. Você faz uma transferência pelo “internet bank” com o valor da locação, faz um download e assiste ao filme sem levantar da cadeira do seu quarto. E ainda pode escolhe o idioma e as legendas.

Até para as simples donas de casa a história é diferente... Com essas “maquinas planetárias” é possível ter todas as funções em um único aparelho: batedeira, cafeteira, liquidificador, panificadora, espremedor, centrifuga, mixer, processadores... E o alto custo do aparelho compensa o espaço economizado no armário. Microondas. Alguém não usa? De tanto usar, o meu parou de funcionar. O preço que o técnico gastou comprando peças novas, quase me pagariam um novo. E de tanta modernidade dos serviços oferecidos, somos obrigados a procurar assistência técnica credenciada pela marca, já que exige dos profissionais conhecimento específico sobre os novos produtos. Diga adeus ao “Zé da esquina” que conhece de tudo um pouco e fazia aquele preço camarada.

E nem depende de sua condição financeira, já que podemos encontrar os mais modernos equipamentos em versões “genéricas”, normalmente disponíveis nos shoppings chamados “Ching-ling”. Só não me pergunte quando a garantia. Normalmente duram cerca de 30 dias e sempre no 31º o produto simplesmente para de funcionar.

Não importa a idade, classe social ou hierarquia. Tornou-se uma questão de honra ter algo cada vez mais sofisticado. E às vezes tanta modernidade acaba ficando sem uso, movimentando apenas nosso cartão de crédito, que todos os meses nos mostra a realidade (em números) desse mundo consumista por impulso.

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